Até 2006 rosto pouco conhecido em Hollywood, Vanessa Hudgens (20) viu sua vida mudar completamente após o inesperado sucesso da trilogia High School Musical. Lançado pelo Disney Channel, o musical infantojuvenil não apenas fascinou adolescentes de todo o mundo, como também foi um divisor de águas na carreira de suas estrelas. Em viagem ao Brasil com o único objetivo de desfrutar da Ilha de CARAS, Vanessa hoje ainda mostra-se surpresa. "Comecei nisso com 16 anos, cresci ao lado do elenco, foi muito divertido. Quando o projeto começou, era apenas mais um filme para a TV, não esperávamos nem o segundo", lembra a intérprete da protagonista Gabriella Montez.
Além das inúmeras capas de revistas, contratos publicitários e uma carreira promissora como cantora pop - com dois álbuns lançados - a atriz também encontrou o amor durante as filmagens. Há três anos namora seu par romântico, Zac Efron (21). "Somos um casal comum, como qualquer outro. Gostamos de jantar, ir ao cinema, ficar juntos, enfim, nada fora da normalidade", explica a atriz, enquanto passeava pela Ilha. "Esse lugar é inacreditável, dá vontade de morar aqui", empolga-se a californiana de Salinas, que herdou sua beleza de uma mistura exótica. Ela tem ascendência irlandesa e indígena americana por parte de pai e filipina, espanhola e chinesa por parte de mãe. A família é uma prioridade. Entre as paixões de Vanessa, estão os passeios com a mãe, Gina (46), e a irmã, Stella (13), e as roupas. "Sou uma grande fashionista, não consigo me cansar da moda", empolga-se ela, que somente agora deixou a casa dos pais e acaba de se mudar para uma mansão de 2 milhões de dólares em Studio City, na Califórnia.
- O HSM ultrapassou o sucesso previsto. A experiência mudou sua vida?
- O filme abriu muitas portas, me ajudou bastante. Mas nada veio de uma hora para outra. Venho trabalhando há muito tempo e as coisas não aconteceram da noite para o dia.
- Sobra tempo para aproveitar a sua juventude?
- Curto as coisas mais simples. Sou capaz de passar o dia olhando o mar e achar isso interessante. Aqui na Ilha, por exemplo, adoro observar os esquilos. Achava que eles eram grandes e assustadores, mas são tão fofos e pequenos.
- O que achou da Ilha?
- Incrível. A água é transparente e quentinha. Não é fria como em Los Angeles. Aproveito essas viagens para relaxar, me concentrar, encontrar a paz mental. É bom porque volto revigorada. Nos EUA ainda está bem frio. E adoro calor. Gosto muito de andar descalça, ter contato com a natureza. Só não gosto das formigas (risos).
- Em 2007, você esteve no Brasil com o HSM. Como foi?
- O show no Morumbi, em São Paulo, foi o maior que já fizemos. Fantástico, tão surreal que, quando entramos no palco, um olhou para o outro e balançamos a cabeça sem acreditar! Não é todo dia que você canta para um estádio com 70000 pessoas. Foi muito divertido.
- O que você achou do Brasil?
- Todo mundo aqui é tão legal, generoso e usa biquínis tão pequenos (risos). Quando estávamos vindo para a Ilha, sobrevoamos o Cristo Redentor e vimos as pessoas, foi lindo e ficamos encantados com a vista. E a moda daqui, aposto que adoraria os shoppings, gosto das roupas de todos os países! Acho que iria comprar tudo!
- Você viaja pelo mundo inteiro, como encara essa rotina?
- São tantas partes boas, que não consigo escolher uma só. É ótimo conhecer os fãs. Além disso, viajar é uma grande experiência cultural. No Japão, por exemplo, fiquei encantada. São bem educados, gentis e carinhosos... Comi sushi e me apaixonei pela moda, é bem louca, as pessoas não têm medo de arriscar, assim como eu.
- Você é vista como um ícone fashion da sua geração. Quem inspira seu guarda-roupa?
- Vario entre dois estilos dependendo do meu humor. Agora estou gostando muito do look bohemian, mais hippie, e de vez em quando vou para o que chamo de rocker-chic, mais rebelde, com cores mais escuras, mas sempre com toque feminino. Adoro pensar em combinações fora do lugar-comum, só espero que as pessoas não me achem louca (risos). Minhas inspirações são Nicole Richie, Mary- Kate Olsen e Kate Moss.
- Ano passado você esteve na lista das 100 pessoas mais bonitas da revista People. Como foi?
- Na verdade, foi muito envaidecedor, mas a ideia de todas posarem sem maquiagem soou um pouco estranha no começo. Depois que vi mulheres lindas na mesma situação, relaxei. Quando era adolescente, me achava horrível e tentava esconder tudo com maquiagem. Queria ter olho azul, vivia alisando o cabelo. Mas quando você cresce, fica mais confiante. Sem soar convencida, acho que estou me tornando uma mulher bem bonita. Gosto do meu conjunto e acho que o castanho dos meus olhos e as ondas do meu cabelo combinam comigo.
- Como mantém a forma?
- Faço pilates e vou para academia. Gosto muito de ciclismo, escalada. Às vezes, malho quatro vezes por semana, às vezes nenhuma. Mas me sinto saudável quando vou. Em relação à alimentação, meu segredo é comer pequenas porções. Mais nova, era a rainha dos doces e da junk food. Ainda gosto, mas sei dos meus limites.
- Você se sente na obrigação de dar o exemplo a seus fãs?
- Gabriella, minha personagem no HSM, é um ótimo exemplo. É como me veem. Claro que não vou ficar fazendo besteiras por aí, afinal meus fãs são a razão do meu sucesso, mas também não finjo ser quem não sou. Como Gabriella, sou bem tranquila... (risos). Sou mais despojada, criada na Califórnia...
- Como é sua família?
- Meus pais são meus maiores incentivadores. Estão comigo desde o início, sempre me ajudando. Quando comecei no HSM, saí do colégio e passei a estudar em casa e isso me aproximou ainda mais deles. Minha irmã é minha melhor amiga! Sempre sonhei em ter uma irmãzinha. Quando nasceu, foi muito festejada. Brincamos muito e até hoje estamos sempre juntas. Ela tem grande senso de estilo. É bem melhor que eu nessa idade...
- Quais são os novos projetos?
- Em julho lançarei o filme Bandslam, na linha de Quase Famosos. Minha personagem é bem diferente da Gabriella, é rebelde, fala com a voz mais grossa. Para fazê-la, aprendi a tocar violão, uma única música, é verdade (risos): Everything I Own, do Bread. Também estarei no novo filme do Zack Snyder, Sucker Punch, e em outro longa, Beastly, inspirado em A Bela e a Fera.
- Você já lançou dois discos. Quando surgiu esse outro lado?
- Comecei a cantar por causa da Celine Dion, ouvia sem parar o CD dos meus pais. Ela me tornou cantora. Também adoro Christina Aguilera, cresci ouvindo Stripped. Pensava: é louca, mas gosto disso (risos). Quero descobrir meu estilo, para quando a pessoa ouvir, saber que aquilo só pode ser meu. Para o próximo disco, planejo compor sobre as minhas experiências.
- Você é uma cantora que atua ou atriz que canta?
- Gosto dos dois, mas sou uma atriz que canta. Atuar sempre esteve em primeiro lugar. Me espelho na Natalie Wood: linda, elegante, chique, sem vulgaridade. Além disso, canta.
- Você faria outro musical?
- Sem dúvida. Mas o que quero agora é achar o papel. É difícil, busco algo mais maduro, talvez choque os fãs. Tenho 20 anos e não posso interpretar para sempre uma estudante. Como no filme, me formei, quero outros desafios.
- Atuar novamente com seu namorado, Zac, está nos planos?
- Por que não? Adoraria trabalhar com ele de novo, da mesma forma que ficaria feliz em contracenar com todos do HSM.
- Você e Zac tentam ter uma vida comum?
- Sim, eu não penso que sou famosa. O que acontece é que algumas pessoas me confundem com a personagem e não entendem que sou diferente. Sou mais reservada.
- Quer dizer então que sua vida é como a de qualquer outra menina da sua idade?
- Posso até fazer viagens ao redor do planeta e ter um trabalho mais exposto, com horários loucos, mas no fim, como, durmo e namoro como todo mundo.
Créditos: TITINET
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