terça-feira, 4 de agosto de 2009

Entrevista com Demi Lovato


Demi Lovato está no meio de uma turnê, acabou de lançar seu novo álbum e está estrelando sua própria série na Disney TV, “Sonny with a chance”. Mas ela tem certeza de ter tempo de conhecer cada um dos garotos bonitos por quem se interessar.

“Eu sou uma garota de 16 anos – é claro que eu arranjo tempo para namorar”, ela diz rindo durante a entrevista.

Lovato soa como uma típica garota adolescente, mas não espere músicas sobre garotos dominando o repertório de seu novo álbum, “Here we go again”. Apesar de temas como romance e corações partidos estarem presentes, ele também lida com o que ela chama de questões sérias.

Lovato falou sobre o amadurecimento da sua música, sobre trabalhar com o ídolo John Mayer e porque ela não está procurando uma relação séria durante a adolescência.

Repórter: Você tem medo do estigma de ser um ídolo teen?

Demi Lovato: Eu estou tranquila com isso, sabe? O Disney Chanel me deu muitas oportunidades, eu estou muito animada em poder trabalhar com eles. E no final das contas sou apenas eu, cantando e mostrando para todo mundo quem eu sou, diferente do meu personagem no (filme) “Camp rock”. Eu só quero mostrar para todos quem eu sou e deixar que eles me conheçam.

Repórter: Existe um tema no seu novo álbum?

Lovato: Nós não chegamos a um tema porque eu queria ter certeza de que o disco e as músicas dele fossem mais maduras, mais sobre eu mesma.

Repórter: Você parece estar atraída por músicas mais sérias – você consegue mantê-las jovens?

Lovato: Eu não quero que as faixas sejam sérias, sombrias. Eu acho que existe uma maneira de incorporar um pouco de cada aspecto, de maneira a atrair pessoas mais jovens e mais velhas, e, o mais importante, gente da sua idade. É com quem eu quero me conectar, pessoas da minha idade e pessoas que estão passando pelas mesmas coisas que eu.

Repórter: Você já escreveu alguma música e desistiu de lançar, achando que era muito pessoal?

Lovato: Algumas vezes as composições saem pessoais demais, mas eu nunca lançaria algo assim. Acabo só guardando elas no computador, como um tipo de diário. Todas as minhas músicas vêm de experiências pessoais, mas acho que você pode imaginar o que quiser a partir delas.

Repórter: John Mayer co-escreveu “World of changes” com você. Foi intimidador trabalhar com ele?

Lovato: Foi um pouco intimidador sim, porque foi difícil pensar na letra – ‘E se ele achar que ficou uma droga?’... Então eu estava aterrorizada, mas ao mesmo tempo eu estava sentada com ele, pensando ‘isso é bem legal’, e a cada vez que ele me elogiava eu ficava muito feliz.

Repórter: Você já disse que, quando era criança, não era muito sociável.

Lovato: No ginásio eu era da turma popular e, olhando para trás, acho que não valeu a pena. Eu preferiria ter sido feliz e não ser conhecida por ninguém do que presa a um grupo cheio de dramas e fofocas e rumores. Não é divertido.

Repórter: Você decidiu estudar em casa. Por que?

Lovato: Eu deixei a escola porque chegou a um ponto onde os rumores e fofocas e as brigas – era mais um abuso verbal do que um lance físico, mas é mais assustador do que qualquer outra coisa. E eu tive que sair porque eu simplesmente não conseguia lidar com isso. E estudo em casa desde então.

Repórter: Você canaliza sua raiva na hora de compor?

Lovato: Eu fiquei quase um ano sem saber direito o que fazer, e só me abria com a minha melhor amiga, Selena (Gomez), que estava estudando em casa comigo na época. Mas havia a minha música – eu tinha tantas coisas guardadas dentro de mim, com as quais não conseguia lidar, e acabei escrevendo músicas sobre elas.

Repórter: E como você acaba conhecendo garotos?

Lovato: Eu amo garotos (risos), mas, você sabe, ao mesmo tempo, eu não vou sair com cada um dos garotos que eu quiser. Eu posso pegar o telefone deles e bater um papo, mas não há nada de errado com isso, eu tenho 16 anos. Eu não gosto de relacionamentos. Eu prefiro ter um monte de amigos realmente bonitos. É por isso que você nunca vai me ver “com alguém” por um longo tempo. Porque é melhor ter um monte de caras bonitos de quem você pode obter atenção ao flertar, mas você não precisa beijá-los ou estar com algum compromisso com ninguém.

G1 Globo

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